quarta-feira, 21 de maio de 2008

Atártida

O continente é coberto por uma grossa camada de gelo, com espessura média de 2 km e volume de 30.000.000 km³. A única excessão é a península antárctica, que permanece "descongelada" no verão. Na região existem estações de pequisa de diversos países, ocupadas periodicamente por cientistas. O clima não permite que abrigue moradias permanentes. A Antártida é bastante procurada por quem busca turismo de aventura.
Vinte e seis países possuem base de pesquisa científica no continente: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Bulgária, Chile, China, Coréia do Sul, Equador, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Índia, Itália, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Peru, Polônia, Reino Unido, Rússia, Suécia, Ucrânia e Uruguai.
A Antártida é cercada pelas águas confluentes dos Oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. Possui várias ilhas adjacentes, como: Shetland do Sul, Orkney do Sul, Balley, Scott e Adelaide. Aproximadamente 90% das geleiras do mundo estão no continente. No inverno sua superfície duplica devido ao congelamento dos oceanos. As geleiras mantêm 70% da água doce do mundo, interferindo diretamente no nível dos oceanos. Pesquisas recentes mostram que o continente abriga o maior lago do mundo sob o gelo, com 10.000 km².
Alguns dos picos mais elevados da Antártida localizam-se nos montes Transartárticos, um prolongamento geológico da Cordilheira dos Andes. As atividades na região restringem-se à pesca e à investigação científica em diversas áreas. Há um buraco na camada de ozônio sobre o continente antártico.
Com a assinatura do Tratado da Antártida ficam suspensas todas as disputas pela posse de terras no continente. Alguns países como Austrália, França, Noruega, Reino Unido, Nova Zelândia, Argentina e Chile reivindicavam áreas continentais como parte de seu território nacional.
Calcula-se que a Antártida tenha cerca de 14 000 000 km2.
Seu contorno é irregular com apenas duas reentrâncias: o Mar de Weddell e o Mar de Ross.
Na Antártida a espessura do gelo chega a atingir 4 km formando grandes inlandsis que recobrem a superfície.
Cerca de 98% da superfície da Antártida é recoberta por geleiras. Estas dão origem aos icebergs que flutuam à deriva pelo mar. O gelo Antártico, que soma 30 milhões de km3, representa mais de 90% da água doce do planeta e é uma riqueza estratégica para o futuro: se todos os rios do mundo fossem alimentados por esse gelo, correriam perenes por pelo menos 600 anos.
O potencial de recursos naturais da Antártida pode ser enorme, havendo indícios de cobre, ouro, chumbo, prata, platina, cromo, carvão, minério de ferro, petróleo e gás natural. No entanto, em 1988, os membros do Tratado da Antártida decidiram que os projetos de exploração econômica estavam proibidos, temendo que a poluição colocasse em risco o continente e seu processo de arquivo de climas passados.
O Tratado da Antártida é um acordo firmado desde 1959, que determina o uso do continente para fins pacíficos, estabelece o intercâmbio de informações científicas e proíbe novas reivindicações territoriais.
O Tratado, do qual o Brasil é signatário, determinou que até 1991 a Antártida não pertenceria a nenhum país em especial, embora todos tivessem o direito de instalar ali bases de estudos científicos. Na reunião internacional de 1991 os países signatários do Tratado resolveram prorrogá-lo por mais 50 anos, isto é, até 2041 a Antártida é um patrimônio de toda a Humanidade. Atualmente o Tratado da Antártida tem 41 associados dos quais 26 são membros consultivos, inclusive o Brasil.
A primeira expedição brasileira à Antárida aconteceu em 1984 com o navio Barão de Teffé, dando início ao Programa Antártico Brasileiro com a instalação da base científica Comandante Ferraz na Ilha do Rei Jorge.


Navio Barão de Teffé - Marinha Brasileira - Missão Antártica. É este navio que leva os cientistas brasileiros à Antártida.

O primeiro avião brasileiro a pousar ali foi um Hércules C-130, em agosto de 1983, em pleno inverno. A partir daí, os vôos de apoio têm se realizado sete vezes ao ano. Isso porque no inverno só se pode chegar ao continente de avião, pois o mar congela e impede a aproximação de navios. Além da Estação Comandante Ferraz, o Brasil conta com 4 refúgios, feitos de um ou dois containers, onde os pesquisadores podem ficar num período de 30 a 40 dias.

Existem no Brasil 22 universidades e institutos de pesquisa que se dedicam ao estudo do continente antártico. Entre eles está o estudo das rotas de migração das aves desenvolvido pela equipe da UNISINOS do Rio Grande do Sul, que já fez o levantamento de mais de 13 mil aves, o trabalho sobre impacto ambiental desenvolvido pelo Instituto Oceanográfico da USP, o estudo dos pingüins que vivem nas proximidades da Estação Comandante Ferraz, a pesquisa das geleiras próximas à estação desenvolvida pelo glaciólogo brasileiro Jefferson Cardia Simões da UFRS, um estudo geológico-estratigráfico da Península Antártica e sua relação com o continente sul-americano, o exame da camada de ozônio e o comportamento do clima antártico e sua influência sobre o Brasil desenvolvido pelos cientistas ligados ao INPE, o estudo sobre as espécies de peixes comestíveis desenvolvido pelas universidades do Estado do Paraná, a busca de meteoritos feita pelos astrônomos do Observatório Antares, de Feira de Santana. Enfim, os estudos brasileiros são dirigidos para uma maior compreensão do meio ambiente global, sendo fundamental toda a atividade desenvolvida na área do Tratado da Antártida.

Curiosidades sobre a Antártida
A temperatura mais baixa já registrada na Terra foi na Antártida, na base científica russa de Vostok: -89,2º C no dia 21 de julho de 1983.

A Antártida é mais fria do que o Ártico devido às elevadas altitudes e aos blizards. Em conseqüência de temperaturas tão baixas.

No inverno a área da Antártida é maior devido à formação de uma capa de gelo que circula o continente. Essa camada variável é chamada de banquisa.

Mais de 9 mil fragmentos de meteoritos já foram recolhidos na Antártida. Dentre eles, um meteorito de 4 bilhões da anos que, aparentemente, se desprendeu de Marte.



Antártida
O Continente Antártico, o mais isolado, frio, ventoso, elevado e seco continente da Terra, está situado na região polar austral; é formado por uma massa continental, localizada quase inteiramente dentro do círculo polar antártico. É cercado pelo Oceano Antártico, de limites imprecisos, formado pelo encontro das águas dos Oceanos Atlântico, Pacífico e Índico, a chamada Confluência Antártica.

Está localizado quase concentricamente em torno do Pólo Sul, sendo o quinto maior e o mais austral dos continentes. Profundas baías, mais para o sul dos Oceanos Pacífico e Atlântico, dividem o continente em duas partes desiguais. A parte maior é conhecida como Antártica Oriental, por estar localizada, principalmente, em longitude leste. A parte menor, totalmente em longitude oeste, é chamada Antártica Ocidental. O leste e o oeste são separados pelas Montanhas Transantárticas.

Enquanto a Antártica Oriental consiste, principalmente, em um "plateau" elevado e coberto por gelo, a Antártica Ocidental consiste em um arquipélago de ilhas montanhosas, cobertas e ligadas entre si por gelo.


Exploração no Pólo Sul

O Continente Antártico constitui quase 10% da área continental do planeta, ou seja, 14.000.000 de quilômetros quadrados, aproximadamente o tamanho da América do Sul. Cerca de 98% do Continente Antártico está coberto de gelo e de neve durante todo o ano, com uma espessura média de 2.000 metros que, em algumas regiões, pode ultrapassar 4.800 metros. Se todo esse gelo sofresse fusão, o nível dos mares do mundo se elevaria 60 metros.

Esse gelo, representa 90% de toda a água doce do planeta. No inverno, pelo congelamento dos mares em sua volta, a área do Continente Antártico aumenta para cerca de 32.000.000 de quilômetros quadrados, formando um cinturão de cerca de 1.000 quilômetros de largura. As temperaturas médias anuais variam de 0ºC (verão) a -15ºC (inverno) no litoral e de -32ºC (verão) a -65ºC (inverno) no interior do continente. A menor temperatura já registrada foi de -89,2ºC, na Estação Vostok (ex-URSS), em 21 de julho de 1983, sendo também a mínima temperatura ambiente já medida na Terra. A velocidade média do vento na região costeira da Terra Adélie é de, aproximadamente, 69 quilômetros por hora, e a velocidade máxima já registrada foi de 192 quilômetros por hora.

Pelo estudo de rochas e fósseis de vegetais e animais, evidencia-se uma analogia entre a Antártica e os outros continentes, particularmente a África, a América do Sul, a Austrália e a Ásia (Índia), aos quais esteve justaposta, formando o Supercontinente de Gondwana, até o início do processo de movimentação das placas litosféricas, que levou à dispersão global dos vários continentes há cerca de 150 a 180 milhões de anos atrás. Esse processo prossegue até hoje, de acordo com a Teoria da Deriva Continental. Essa teoria foi proposta, em 1912, pelo astrônomo, meteorologista e geofísico alemão Alfred Wegener. Análise de dados obtidos com o estudo de rochas, fósseis, erosão de geleiras, recifes de coral e depósitos de carvão, entre outros, fazem com que a geologia moderna confirme a existência de Gondwana.

O Continente Antártico é o único continente em que o homem não viveu antes da implantação de estações baleeiras ou científicas. De toda a sua enorme área continental, apenas uma fração insignificante é ocupada por cerca de cinqüenta estações científicas que, muitas vezes, recebem apoio logístico de militares, localizadas, principalmente, em sua costa, na região da Península Antártica.

Dados gerais do continente
Área: 14.108.000 km²
População: -----x------
Países: nenhum, embora 26 países tenham base científica no continente.
Ponto mais alto: Monte Vinson - 5.140m
Ponto mais baixo: Fossa subglacial Bentley - -2.538m
Maior península: Antártica - 1.300 km
Temperatura mínima registrada: -89,2ºC - Estação Vostok

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Antártida

O continente onde foi registrada a temperatura mais fria de todos os tempos (-89,2°C na estação Vostok em 21/07/1983) é cercado pelos oceanos Pacífico e Atlântico e se localiza no Pólo Sul do planeta.

Com uma extensão de 14 milhões de km², a história do continente praticamente se resume à sua história de exploração. Devido às baixas temperaturas registradas (a temperatura média varia de 0°C no verão no litoral a -65ºC no inverno no interior), a Antártica é o continente mais inóspito do planeta e, por isso, possui muitas regiões ainda não exploradas pelo homem.

Durante todo o ano cerca de 98% do território permanece congelado. E no inverno sua extensão chega a aumentar até 1mil km de largura por causa do gelo.
Mesmo com montanhas que atingem em média 2.000 metros de altura (é o continente com a maior média de altitude), os ventos fortíssimos (a velocidade máxima já registrada foi de 192km/h) no continente Antártico fazem com que o tempo mude constantemente e bastante rápido e embora possua mais de 2/3 da água doce do planeta é um dos locais mais secos do mundo, pois toda a água por lá está congelada. A precipitação anual é de apenas 140mm o que faz do continente um verdadeiro deserto polar. Entretanto, esse deserto polar possui uma grande diversidade biológica.

Estima-se que na Antártica existam 150 espécies de peixes que se adaptaram para viver em locais muito frios. Devido a Convergência Antártica (encontro da Corrente Antártica Circumpolar com a correntes quentes do sul dos Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico), esta região é considerada a mais nutritiva do planeta. É nesse lugar onde cresce o crustáceo que é a base da cadeia alimentar local, o krill, que serve de alimento para diversos animais marinhos. Em seus mares também, habitam criaturas como os golfinhos e as baleias (cachalotes e baleias azuis, por exemplo) que migram para regiões mais quentes no inverno. Outros habitantes são algumas espécies de focas, o lobo-marinho e o elefante marinho.

Quanto às aves, na Antártica encontram-se grandes quantidades de indivíduos da mesma espécie, mas a variedade de espécies é bem limitada. O animal típico da região é o pingüim. Chegam a ser encontradas populações com até 1,5 milhões de indivíduos. Outras aves do continente Antártico são os albatrozes, as skuas ou gaivota-rapineira além de outras espécies de gaivotas, o biguá, andorinhas do mar, espécies de pombas e os petréis (aves marítimas que podem chegar a 2,10 de envergadura).

Por causa do clima e do fato de a maior parte do solo permanecer congelada o ano todo, a flora na Antártica é bem simples. Consiste praticamente em algas, fungos, liquens, musgos e duas espécies de vegetais superiores que têm o crescimento inibido pelos animais (angiospermas e gramíneas).

Devido às suas características extremas, é o único continente que não possui população permanente e, por isso, também é o único lugar do mundo que ainda possui o ar totalmente puro. Isso se deve ao fato de que o continente é regido pelo “Tratado da Antártica” (1961), onde os países abrem mão da soberania sobre determinadas regiões do continente e fica acordado que a Antártida será usada somente para pesquisa científica com cooperação entre os países. Mais tarde em 1991, é aprovado o “Protocolo sobre Proteção Ambiental para o Tratado da Antártica” na “XI Reunião Consultiva Especial do Tratado da Antártica” que proíbe a exploração mineral que não seja para fins de pesquisa e estabelece normas de preservação ambiental.

Aliás, o maior problema que atinge a região Antártica atualmente é justamente um problema ambiental. Devido ao aquecimento do planeta cerca de 3 mil km² de geleiras derreteram entre 1998 e 1999. O evento mais preocupante até hoje, foi o desprendimento da geleira Larsen B. com cerca de 3.250 km². Mesmo assim, os cientistas afirmam que isso não contribuiu para o aumento do nível do mar nos últimos anos porque o gelo já estava no mar.

Contudo, isso significa que as correntes de ar quente que chegam ao continente passando por cima das cadeias montanhosas no verão, estão mais quentes. O que pode elevar a temperatura do interior da Antártica e contribuir para a aceleração do derretimento do gelo.

sábado, 3 de maio de 2008

Transportes

Com o objetivo de dar início aos trabalhos de instalação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e de possibilitar a admissão do Brasil ao Conselho Consultivo do Tratado Antártico, o Brasil adquiriu o Navio de Apoio Oceanográfico (NApOc) Barão de Teffé, H-42, navio polar, com antigo nome de "Thala Dan".
O Barão de Teffé participou de doze Operações Antárticas e serviu para fornecer apoio logístico a EACF e aos seus refúgios localizados nas ilhas Rei George, Elefante e Nelson e para realizar o transporte de pessoal. Ainda fazia a manutenção de suprimento de óleo, gêneros alimentícios, equipamentos de pesquisa, bem como de materiais de construção de módulos para as ampliações e adaptações feitas na Estação.
Para as tarefas na área de oceanografia, foi utilizado também o Navio Oceanográfico (NOc) Prof. W. Besnard, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP). Foi construído na Noruega, em 1967, e batizado em homenagem ao professor Wladimir Besnard, cientista de origem russa e fundador do Instituto Oceanográfico da USP. Foi empregado nas seis primeiras Operações Antárticas, deixando de participar da Operação Antártica VII, com início no verão de 1988/1989.
A partir da Operação Antártica XIII, iniciada em 3 de novembro de 1994, o Brasil começou a utilizar um novo navio, o NapOc Ary Rongel, H-44, que substituiu, com vantagem, o antigo e heróico Barão de Teffé, já que é mais seguro, mais veloz, consome menos combustível e tem maior capacidade de manobra. Com isto, o Ary Rongel pode fazer expedições científicas mais baratas, chegar aos lugares determinados em menos tempo e, em conseqüência, desenvolver maior número de projetos de pesquisa.
O NApOc Ary Rongel possui autonomia de 110 dias; velocidade máxima de 15 nós (26,7 quilômetros por hora), quase o dobro da alcançada pelo Barão de Teffé; 68,2 metros de comprimento; 13 metros de largura; 6,2 metros de calado; dois motores de 2200 Hp cada; disponibilidade de carga de 2.360 metros cúbicos; e deslocamento máximo de 3.670 toneladas.
Construído na Noruega, em 1981, com o nome original de "Polar Queen", e destinado a operar em campos de gelo fragmentado, já fez expedições ao Ártico, Mar do Norte e Antártica. Possui um casco reforçado de aço com 2 centímetros de espessura, o dobro do convencional.
O nome do novo navio é uma homenagem ao Almirante Ary dos Santos Rongel, que foi diretor da Escola Naval e comandante de um navio hidrográfico e de um contratorpedeiro durante a Segunda Guerra Mundial.
Assim como o veterano Barão de Teffé transporta dois helicópteros biturbinados do tipo Esquilo. É dotado de três destiladores de água do mar, duas baleeiras (escaleres) com capacidade de 44 pessoas cada, uma lancha e cinco balsas infláveis, equipadas com motores de popa.
Em sua primeira viagem à Antártida sob a bandeira brasileira, o Ary Rongel levou 27 pesquisadores, 69 tripulantes e cerca de 300 toneladas de equipamentos e material destinado às pesquisas no próprio navio e na EACF.

O Buraco na Camada de Ozônio

A camada de ozônio é uma "capa" desse gás que envolve a Terra e a protege de vários tipos de radiação, sendo que a principal delas, a radiação ultravioleta, é a principal causadora de câncer de pele. No último século, devido ao desenvolvimento industrial, passaram a ser utilizados produtos que emitem clorofluorcarbono (CFC), um gás que ao atingir a camada de ozônio destrói as moléculas que a formam (O3), causando assim a destruição dessa camada da atmosfera. Sem essa camada, a incidência de raios ultravioletas nocivos a Terra fica sensivelmente maior, aumentando as chances de contração de câncer.
Nas últimas décadas tentou-se evitar ao máximo a utilização do CFC e, mesmo assim, o buraco na camada de ozônio continua aumentando, preocupando cada vez mais a população mundial. As ineficientes tentativas de se diminuir a produção de CFC, devido à dificuldade de se substituir esse gás, principalmente nos refrigeradores, fez com que o buraco continuasse aumentando, prejudicando cada vez mais a humanidade.
Um exemplo do fracasso na tentativa de se eliminar a produção de CFC foi a dos EUA, o maior produtor desse gás em todo planeta. Em 1978 os EUA produziam, em aerossóis, 470 mil toneladas de CFC, aumentando para 235 mil em 1988. Em compensação, a produção de CFC em outros produtos, que era de 350 mil toneladas em 1978, passou para 540 mil em 1988, mostrando a necessidade de se utilizar esse gás em nossa vida quotidiana. É muito difícil encontrar uma solução para o problema. De qualquer forma, temos que evitar ao máximo a utilização desse gás, para que possamos garantir a sobrevivência de nossa espécie.
O buracoA região mais afetada pela destruição da camada de ozônio é a Antártida. Nessa região, principalmente no mês de setembro, quase a metade da concentração de ozônio é misteriosamente sugada da atmosfera. Esse fenômeno deixa à mercê dos raios ultravioletas uma área de 31 milhões de quilômetros quadrados, maior que toda a América do Sul, ou 15% da superfície do planeta. Nas demais áreas do planeta, a diminuição da camada de ozônio também é sensível; de 3 a 7% do ozônio que a compunha já foi destruído pelo homem. Mesmo menores que na Antártida, esses números representam um enorme alerta ao que nos poderá acontecer, se continuarmos a fechar os olhos para esse problema.
Porque o buraco na camada de ozônio é na Antártida?
Em todo o mundo as massas de ar circulam, sendo que um poluente lançado no Brasil pode atingir a Europa devido a correntes de convecção. Na Antártida, por sua vez, devido ao rigoroso inverno de seis meses, essa circulação de ar não ocorre e, assim, formam-se círculos de convecção exclusivos daquela área. Os poluentes atraídos durante o verão permanecem na Antártida até a época de subirem para a estratosfera. Ao chegar o verão, os primeiros raios de sol quebram qualquer outra parte do mundo.
Os maus causados
A principal conseqüência da destruição da camada de ozônio será o grande aumento da incidência de câncer de pele, desde que os raios ultravioletas são mutagênicos. Além disso, existe a hipótese segundo a qual a destruição da camada de ozônio pode causar desequilíbrio no clima, resultando no efeito estufa, o que causaria o descongelamento das geleiras polares e conseqüentes inundação de muitos territórios que atualmente se encontram em condições de habitação. De qualquer forma, a maior preocupação dos cientistas é mesmo com o câncer de pele, cuja incidência vem aumentando nos últimos vinte anos. Cada vez mais se aconselha a evitar o sol nas horas em que esteja muito forte, assim como a utilização de filtros solares, únicas maneiras de se prevenir e de se proteger a pele.

Cuidados Ambientais

Com referência à proteção do meio ambiente antártico, os ecossistemas terrestres caracterizam-se pela descontinuidade, condições ambientais inóspitas, baixa diversidade específica e taxas de crescimento muito lentas. Se não forem protegidos, tais ecossistemas poderão sofrer impactos ambientais irreversíveis.
Já os ecossistemas marítimos, ao contrário dos terrestres, são contínuos, pelos seus 36 milhões de quilômetros quadrados de extensão, possuindo maior capacidade de absorver impactos. Suas condições ambientais são menos extremas e sua diversidade é bastante superior, o que não permite, entretanto, sua exploração indiscriminada.
O Tratado Antártico, que evidencia a necessidade de metodologias conservacionistas, elaborou, em 1964, as "Medidas de Conservação da Flora e da Fauna Antártica", aplicáveis a todo território e a áreas ao sul do paralelo 60ºS. Propuseram-se códigos de conduta para visitantes, procedimentos para tratamento do lixo e avaliação e controle do impacto ambiental causado pelo homem na Região Antártida.
Quanto ao tratamento de lixo, não é permitido o lançamento ao solo de quaisquer materiais estranhos ao ambiente antártico. O lixo deverá ser separado de acordo com a sua natureza e colocado em depósitos apropriados. O lixo orgânico, papéis e pedaços de madeira deverão ser incinerados em condições atmosféricas favoráveis, de modo a não interferir nas pesquisas que estão sendo realizadas em locais próximos. As cinzas restantes e os demais tipos de lixo são retirados da Antártica pelo NApOc Ary Rongel. As latas e metais dóceis são compactados e embalados em caixas plásticas resistentes; vidros e garrafas são moídos e também colocados em caixas plásticas apropriadas.
Existem normas específicas que regulam os procedimentos a serem cumpridos, relacionadas ao sistema de esgoto sanitário e águas servidas, em termos de uso e limpeza, com vistas à sua manutenção e ao bom estado de funcionamento.
A partir da Operação Antártida XIII, foi implementado um Grupo de Avaliação Ambiental, que possibilitará o cumprimento dos parâmetros previstos no "Protocolo do Tratado Antártico sobre a Proteção do Meio Ambiente", conhecido como "Protocolo de Madri", um documento elaborado pelas Partes Consultivas do Tratado Antártico, para regulamentar e controlar as atividades humanas na Antártida. O Grupo de Avaliação Ambiental acompanhará e avaliará as atividades antárticas que deverão ser planejadas e realizadas de modo a evitar ou minimizar os efeitos prejudiciais sobre as características climáticas e meteorológicas; os efeitos prejudiciais significativos na qualidade da água e do ar; as mudanças significativas no meio ambiente atmosférico, terrestre (incluindo o aquático), glacial e marinho; as mudanças prejudiciais na distribuição, quantidade ou produtividade das espécies ou populações de espécies da fauna e da flora; os perigos adicionais para as espécies ameaçadas ou em perigo de extinção e a degradação ou o risco substancial de degradação de áreas de importância biológica, científica, histórica, estética ou de vida silvestre.
Prioridade será dada à preservação do ecossistema e à pesquisa científica, incluindo as pesquisas essenciais para a compreensão do meio ambiente global.

Origem do nome


Vem da palavra grega árktos (ursa), usada pelos astrônomos da Antiguidade para designar as constelações da Ursa Maior e Menor, pontos de orientação para os navegantes. Os romanos passam a utilizar o termo árcticos como sinônimo de norte ou setentrional. No século II d.C., surge o termo antárcticus como sinônimo de meridional.
LimitesOceano Antártico, constituído dos oceanos Pacífico, Atlântico e Índico. Fica a 990 km da América do Sul e a dois mil km da Nova Zelândia.
Área13,34 milhões km². No inverno, com o congelamento do oceano, chega aos 19 milhões de km².
Altitude2800 metros, chegando alcançar a 4900 metros.
Divisão26 países possuem base de pesquisa científica no continente, entre eles o Brasil, com a Estação Comandante Ferraz, nas Ilhas Shetland do Sul.O Tratado da Antártida (1959) determina o uso exclusivo da região para fins pacíficos. São proibidas atividades militares, testes nucleares e depósito de lixo radiativo. A Conferência de Madri (1991) proíbe a exploração de recursos minerais por 50 anos e cria comitê para proteção do meio ambiente.
TemperaturaAs temperaturas são sempre baixas. No verão, variam de 0º C nas áreas litorâneas a -35º C no interior; no inverno, vão de -20º C no litoral a -70º C no interior. Com ventos às vezes chegando a 300 km/h, o frio ainda é suportável, pela Antártida possuir um ar muito seco, mesmo assim, não existe desgelo nem mesmo no verão.
Características FísicasÉ formado por uma enorme calota de gelo com uma espessura de até 4.000 m e um volume estimado em 30 milhões de km³, equivalente a 30% das reservas de água doce do planeta. Abriga o pólo geográfico Sul do planeta, a 90º de latitude S, e o pólo magnético, cuja localização não é fixa. Apenas a península Antártida, com 1.000 km de extensão, não está sempre coberta por gelo. O relevo é marcado pela cordilheira Transantártica, prolongamento geológico dos Andes. Ela divide o continente em Antártida Oriental, com planícies, colinas baixas e a geleira Lambert, a maior do mundo, e Antártida Ocidental, com arquipélagos ligados pela cobertura de gelo permanente. As banquisas formadas por água do mar congelado se confunde com o contorno do continente.
MineraisOs minerais cobre, manganês, urânio, carvão, platina, titânio, ouro, prata e petróleo, dão origem ao Tratado da Antártida, que impõe regras para a exploração com limites para as pesquisas científicas.
Ponto mais altoMonte Vinson, na Antártida Ocidental, com 5.140 m.